Lira mais baixa e dívida mais alta: uma combinação má para o negócio turco

Durante 2015, a economia turca enfrentou vários desafios.
No panorama político, o país atravessou dois momentos de eleições em 2015, totalizando para quatro o número de eleições nos últimos dois anos. Após vários debates que incentivavam a uma coligação governamental recaíram sobre uma eleição geral, o país voltou às urnas em Novembro 1. A combinação da avassaladora instabilidade política, problemas de seguraça e preocupações relativas à economia global provocaram uma forte depreciação à Lira, que atinge o nível mais fraco dos últimos tempos em relação ao dólar, em Setembro.
Com a forte dependência da Turquia nos fluxos de capital e importação, a suas empresas foram afectadas negativamente pelas flutuações e forte desvalorização da lira.
Agravando este factor, o enfraquecimento do euro em relação ao dólar afunilou as margens de lucrodas empresas com custos de produção denominados em USD e receitas em euros. O volume e valor de cheques sem fundos aumentaram, indicando uma deterioração em termos de desempenho de pagamento. O aumento de tensões regionais também derrubou os volumes de exportação , restringindo receitas corporativas. Estes desenvolvimentos pesam no panorama de sectores como metais (aparte do aço e ferro), construção e químicos, especialmente durante os primeiros três trimestres do ano.
Com as significantes tensões políticas seguidas das eleições de 1 de Novembro, a venda da lira tem diminuído. No período que se aproxima mais precisamente em Dezembro de 2015, as políticas monetárias da Reserva Federal dos EUA poderá reduzir a volatilidade de moedas emergentes, incluindo a lira. Este factor, adicionando à elevada confiança de consumo, pode melhorar os riscos sectoriais.
Não obstante, problemas na segurança regional e a vulnerabilidade da estrutura económica do país a desenvolvimentos externos continuará a pesar em níveis de risco.
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- Deteriorização no desempenho de pagamento
- Panorama do sector
- Conclusão