A inteligência artificial e os dados são ferramentas poderosas para melhorar a gestão empresarial, mas a sua adoção continua a ser um grande desafio para os decisores. Segurança, retorno do investimento, integração tecnológica e digitalização: os nossos especialistas em Risco e Smart Data ajudam a transformar os seus dados em verdadeiros motores de crescimento e soluções para a tomada de decisões. Descubra todas as estratégias para gerir os seus riscos e manter-se sempre um passo à frente.
Dados e Inteligência Artificial nas empresas: alguma resistência, apesar do potencial comprovado
Embora os benefícios dos dados e da inteligência artificial (IA) já sejam reconhecidos pelos líderes empresariais, a sua implementação continua a enfrentar muitos obstáculos nas organizações. Segundo o mais recente Barómetro Data & AI, publicado pela Coface e pela Les Echos Etudes, 86% dos decisores consideram hoje essencial saber explorar de forma inteligente os dados dos seus clientes, potenciais clientes e fornecedores. Esta abordagem é agora indispensável para reforçar a competitividade e a resiliência das empresas, enquanto abre caminho a novas oportunidades de crescimento.
No entanto, atualmente, menos de uma em cada cinco empresas utiliza os seus dados para orientar decisões estratégicas.
Esta realidade complexa revela desafios operacionais, estruturais e culturais:
- Rentabilidade: perante custos elevados e incertezas quanto ao retorno do investimento (ROI), os executivos mantêm uma postura extremamente cautelosa na gestão dos orçamentos — especialmente nas PME, onde a implementação de ferramentas avançadas representa um compromisso significativo, sem garantia imediata de resultados.
- Segurança e conformidade: o aumento das exigências regulatórias, a segurança e governação dos dados, bem como as incertezas em torno da utilização da inteligência artificial generativa, estão a travar os decisores — especialmente nas grandes empresas e nos setores sensíveis ou altamente regulados.
- Integração tecnológica: para além das preocupações financeiras e de segurança, a falta de maturidade tecnológica em muitos departamentos internos complica a equação para as organizações, que apontam a escassez de tempo, competências ou alinhamento claro com as prioridades do negócio.
1 – Pense em grande... mas comece pequeno!
As empresas que têm sucesso nos seus projetos de Dados e Inteligência Artificial são, geralmente, aquelas que adotam uma abordagem pragmática, começando por casos de uso concretos em vez de implementar uma estratégia global demasiado ambiciosa. É preferível começar com uma necessidade de negócio claramente identificada e casos de uso específicos, como a avaliação do risco de clientes, o acompanhamento da saúde financeira de fornecedores, a otimização de stocks ou a deteção de fraude.
Esta abordagem oferece várias vantagens em termos de eficiência operacional: os resultados são mais rápidos, facilmente mensuráveis e mais concretos para as equipas de negócio. É uma forma eficaz de aproveitar oportunidades e otimizar gradualmente a gestão de risco, enquanto se reforça a cultura de dados da organização — antes de expandir a sua aplicação a outras áreas, em vez de apostar numa transformação abrangente desde o início.
2 – Novas tecnologias: implementar sem complicar os sistemas existentes
Independentemente da maturidade tecnológica das equipas da sua empresa, uma solução digital de alto desempenho deve conseguir adaptar-se facilmente às ferramentas já existentes e aos recursos disponíveis.
Seja uma PME, uma empresa de média dimensão ou uma multinacional, as necessidades podem variar, mas o objetivo final é comum: escolher um sistema que promova a interoperabilidade entre tecnologias, sem adicionar componentes desnecessários ao sistema atual.
Soluções de conectividade como APIs robustas, conectores nativos e formatos de exportação normalizados têm como objetivo simplificar a integração com as ferramentas de negócio já existentes, evitando a multiplicação de sistemas, preservando os investimentos tecnológicos anteriores e modernizando gradualmente a infraestrutura de dados da empresa.
3 – Tornar os dados acessíveis e aplicáveis
Mesmo as soluções mais sofisticadas falham se não forem traduzidas em ações concretas para os utilizadores finais! Atualmente, a acessibilidade e a intuição são tão importantes quanto — ou até mais do que — a capacidade tecnológica.
Dashboards simplificados, sistemas de scoring claros e uniformizados a nível internacional, alertas personalizáveis: o verdadeiro valor dos dados reside na sua capacidade de serem compreendidos, monitorizados continuamente e convertidos em recomendações acionáveis. As soluções devem ser acessíveis e intuitivas, integrando-se naturalmente nos fluxos de trabalho e processos existentes das equipas, facilitando decisões rápidas e informadas no dia a dia. Esta abordagem centrada no utilizador garante a adoção eficaz das soluções e maximiza o seu impacto operacional.
4 – Tecnologia poderosa + conhecimento humano = uma combinação vencedora
Qual é a diferença entre uma solução de dados de alto desempenho e uma simples ferramenta estatística? A sua capacidade de combinar o poder computacional da IA com a inteligência contextual dos especialistas de negócio.
A experiência no terreno mostra que os projetos bem-sucedidos em Dados e IA tiram partido tanto dos algoritmos como do conhecimento humano.
A IA destaca-se na análise de grandes volumes de dados, na identificação de padrões complexos e sinais fracos (como variações nos scores de crédito, tensões setoriais ou aumento de incidentes de pagamento).
Mas é o conhecimento do terreno que dá sentido e contexto aos resultados! Ao combinar “o melhor de dois mundos”, os dados inteligentes geram caminhos de ação e tornam-se verdadeiros impulsores de decisão. A Coface representa perfeitamente esta visão dualista: os nossos especialistas em Business Information transformam Big Data bruto em insights estratégicos exclusivos e aplicáveis. Com o apoio de dados descritivos, prescritivos e preditivos, é possível antecipar — ou até prever — o risco comercial e tomar decisões com confiança.
Os decisores não procuram mais dados, mas sim a capacidade de tomar decisões de forma mais rápida e com maior confiança. A inteligência artificial integrada não substitui a análise humana: torna-a mais acessível, imediata e estruturada.
Na Coface, desenvolvemos ferramentas que oferecem não apenas informação bruta, mas também sinais, alertas precoces e recomendações contextualizadas. Esta camada de interpretação é essencial para transformar os dados num verdadeiro instrumento de gestão.
- Guillaume Huguet, Diretor do Coface's Data Lab.
5 – Medir o valor acrescentado
Por definição, um projeto baseado em dados e inteligência artificial não pode ficar estático no tempo. Está em constante evolução, dependendo das necessidades da empresa, da dinâmica do mercado e do enriquecimento dos dados disponíveis.
Isto exige a implementação de indicadores de desempenho (KPIs) precisos e medidos regularmente.
ROI, taxa de adoção, precisão das previsões, redução de risco: todos estes indicadores podem tornar-se verdadeiros motores de desempenho para a sua empresa. Estas métricas não só permitem uma maior agilidade na gestão do projeto em função das prioridades atuais, como também ajudam a demonstrar o valor acrescentado de uma estratégia orientada por dados junto das partes interessadas. Esta medição contínua do valor acrescentado é a melhor garantia de um investimento tecnológico bem-sucedido e sustentável.
Vá mais longe com a informação da Coface
Há vários anos que as equipas da Coface Business Information apoiam empresas de todas as dimensões, em todo o mundo, na implementação de soluções de gestão de risco comercial baseadas em dados e inteligência artificial. Porque agir é antecipar, também a sua empresa pode transformar os dados em ferramentas de apoio à decisão.