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2022/20/01
Publicações Económicas

ESTUDO SOBRE O COMPORTAMENTO DE PAGAMENTO DAS EMPRESAS EM MARROCOS NO ANO 2021

ESTUDO SOBRE O COMPORTAMENTO DE PAGAMENTO DAS EMPRESAS EM MARROCOS NO ANO 2021

Durante o segundo trimestre de 2021, a Coface realizou o seu quinto estudo sobre o comportamento de pagamento das empresas em Marrocos, com o objetivo de acompanhar a evolução dos prazos e atrasos de pagamento. O comportamento dos pagamentos reflete tanto a evolução da conjuntura económica como o ambiente empresarial do país.

 

De acordo com os resultados deste inquérito, os prazos contratuais de pagamento em Marrocos mantêm-se extensos, atingindo em média 79 dias. Embora ainda seja um número elevado, melhorou significativamente, encurtando cerca de 14 dias em comparação com o estudo realizado no início de 2019. No entanto, os resultados também sugerem que os atrasos de pagamento continuam a ser generalizados, com quase metade das empresas inquiridas a reportarem atrasos de pagamento de mais de três meses nos últimos seis meses. Enquanto o produto interno bruto (PIB) contraiu-se em 2020 (-6,3% estimado em 2020 após 2,5% em 2019, a Coface prevê 4,5% em 2021), mais empresas têm sentido uma deterioração na economia do país.

 

Esta deterioração é o resultado do grande impacto da pandemia da COVID-19, que foi acompanhada por medidas governamentais drásticas que dificultaram a atividade económica (confinamentos, recolher obrigatório, encerramento de fronteiras a turistas estrangeiros, encerramento de escolas e locais de trabalho, proibição de viagens). Apesar da ajuda fornecida pelo Estado às famílias, particularmente as mais vulneráveis (ajuda financeira aos trabalhadores informais ou sem cobertura da segurança social), e às empresas (acesso facilitado ao crédito, adiamento dos encargos sociais e impostos), particularmente nos sectores mais afetados (turismo, transportes, aeronáutica, automóvel), a crise tem sido sentida pelas empresas. Isto foi particularmente verdade para as pequenas e microempresas. No entanto, apenas um quarto dos inquiridos declarou ter beneficiado de ajuda.

 

Em 2021, quase metade das empresas inquiridas espera que as condições de pagamento se mantenham estáveis e mais de um terço prevê um aumento dos prazos. Os nossos inquiridos acreditam provavelmente que a melhoria da situação económica não resultará numa diminuição das condições de pagamento, devido à falta de visibilidade sobre a evolução da pandemia e sobre o fim do estado de emergência (previsto para 31 de janeiro de 2022).

 

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