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2016/03/11
Publicações Económicas

ECONOMIAS EUROPEIAS: IRÁ O RISCO POLÍTICO ARRUINAR A FESTA EM 2017?

ECONOMIAS EUROPEIAS: IRÁ O RISCO POLÍTICO ARRUINAR A FESTA EM 2017?

O referendo no Reino Unido em Junho, as eleições parlamentares em Espanha em Dezembro de 2015 e em Junho de 2016... os últimos 12 meses têm assistido a uma multiplicação no número de acontecimentos políticos com resultados inesperados e consequências desconhecidas para a Europa. Contudo, o ritmo político será novamente acelerado para o próximo ano, com o referendo em Itália e as eleições presidenciais na Áustria a 04 de Dezembro, as possíveis eleições parlamentares em Espanha a 25 de Dezembro (a acontecerem serão as terceiras num ano!), as eleições na Holanda a 15 de Março. As eleições Presidenciais e parlamentares em França em Abril, Maio e Junho, sem esquecer as eleições na Alemanha no outono de 2017.

 

A questão induzida por esta velocidade dos acontecimentos políticos é simples: irá o crescimento económico resistir a este ritmo? De facto, o crescimento pode ser afectado de diversas formas pelo aumento das incertezas políticas: atrasos nas decisões de investimento privado, quebra na confiança dos consumidores, uma contracção nos mercados bolsistas, um aumento das taxas de juro que irão afectar as condições financeiras dos agentes económicos, bem como, a falta de reformas e o congelamento das despesas públicas no caso de ausência de governo. Enquanto que é relativamente fácil enumerar estes canais de transmissão, é bastante mais difícil medir o impacto desta incerteza política no crescimento. É isso que a Coface procura fazer nesta edição especial.

 

Após medir o risco politico em 14 países da Europa Ocidental e tendo em consideração indicadores de risco específicos da região (o aumento do eurocepticismo, os sentimentos de anti-imigração e uma fragmentação da cena política), construimos um modelo econométrico com o objectivo de medir o impacto desse aumento das incertezas políticas no crescimento do PIB de cinco países: Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Isto indica que o aumento do risco político identificado após a crise cresceu em média cerca de 0,2 pontos, o impacto no investimento (0,5 pontos) é mais elevado do que no consumo das famílias (0,1 pontos). No entanto, esta média esconde diferenças claras entre os países, uma vez que o crescimento no Reino Unido (0,3 pontos), em França (0,4 pontos) e em Espanha (0,3) é mais afectado pelos riscos políticos do que em Itália e na Alemanha. Na eventualidade de estes últimos quatro países sofrerem um aumento das incertezas políticas semelhantes ao que assistimos no Reino Unido na altura do referendo de Junho, o seu crescimento será prejudicado em média cerca de 0,5 pontos.

 

Definitivamente, é difícil falarmos sobre incerteza política sem mencionarmos os Estados Unidos da América neste últimos meses de 2016. O nosso modelo apresenta o impacto significante da economia dos EUA devido à incerteza política similar à que assistimos com o referendo do Reino Unido (1,5 pontos). O impacto nas economias Europeias será ainda pior, confirmando assim o papel sistémico da economia dos EUA.

 

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  • Economias Europeias: Irá o risco politico arruinar a festa em 2017?
  • Os acontecimentos políticos aceleram na Europa
  • Crise Económica rima com aumento de risco político
  • Que impacto têm as incertezas políticas no crescimento da Europa?
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