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2022/19/05
Risco País e Estudos Económicos

Na Conferência sobre Risco País, a Coface reviu em alta a estimativa das implicações do conflito para a economia global

Na Conferência sobre Risco País, a Coface reviu em alta a estimativa das implicações do conflito para a economia global

Lisboa 19 de maio de 2022 - A Coface, líder mundial em seguro de crédito, realizou a sua habitual Conferência Risco País em Lisboa, na qual se reuniram cerca de 100 empresários. Os especialistas em análise económica e risco país partilharam as suas opiniões sobre a situação económica atual, na perspetiva de criar estratégias internacionais que proporcionem às empresas novas oportunidades no estrangeiro, ao mesmo tempo que se protegem contra possíveis situações de incumprimento.

Mais de dois meses após o início da invasão russa na Ucrânia, as expetativas de um final rápido para o conflito parecem cada vez mais improváveis. Como as sanções contra a Rússia continuam a acumular-se, um regresso à realidade anterior à guerra parece ilusório, mesmo que o conflito termine a curto prazo.

 

A Coface reviu em alta a sua estimativa sobre as implicações do conflito para a economia global em cerca de um ponto percentual até 2022. No entanto, as consequências do conflito tornar-se-ão mais evidentes a partir do segundo semestre do ano e materializar-se-ão ainda mais de 2023 em diante.

 

O risco político, que tinha aumentado significativamente a nível mundial com a pandemia, é acrescido pelo aumento dos preços dos alimentos e da energia.

 

O papel significativo da Rússia e da Ucrânia na produção de bens básicos, juntamente com os receios de dificuldades de abastecimento, desencadearam o aumento de preços que levaram a uma queda dos rendimentos disponíveis das famílias e, consequentemente, do consumo. A volatilidade e a incerteza serão fatores importantes nas decisões de investimento das empresas, cuja situação financeira se deteriorará significativamente se os custos de produção permanecerem elevados ou continuarem a aumentar.

 

Do outro lado do Atlântico, o impacto no crescimento dever ser reduzido, dada a sua limitada exposição comercial e financeira à Rússia e à Ucrânia.

 

Bruno Fernandes, Head of Macroeconomics da Coface, salientou que "Nenhuma região escapará incólume às consequências económicas do conflito, e após os sucessivos choques de 2020, a perceção da Coface permanece a mesma: o mundo mudou e nada voltará a ser o mesmo. Para além das economias da Europa Central e Oriental, que têm importantes laços económicos com a Rússia, os países da Europa Ocidental são os mais expostos devido à sua forte dependência dos combustíveis fósseis russos. A Alemanha e a Itália são suscetíveis de ser afetadas pela sua dependência do gás russo. No resto da Europa o impacto deverá ser mais fraco, mas ainda significativo".

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