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2019/27/06
Risco País e Estudos Económicos

Marrocos: os atrasos de pagamento estão a melhorar, mas ainda permanecem demasiado prolongados.

Marrocos: os atrasos de pagamento estão a melhorar, mas ainda permanecem demasiado prolongados.

 

A Coface apresenta o quarto estudo sobre o comportamento de pagamento das empresas em Marrocos. Realizado no início de 2019, teve como objectivo acompanhar a evolução dos prazos de pagamento e os atrasos registados entre os diversos agentes económicos Marroquinos.

 

 

O prazo médio de pagamento é de 93 dias.

O prazo médio de pagamento passou de 99 para 93 dias, os prazos acordados nos contratos permanecem longos e generalizados. Cerca de metade dos inquiridos afirmaram ter sofrido atrasos de mais de 180 dias.

O prazo legal máximo de 60 a 90 dias é, portanto, superado muito além do permitido. No entanto, salienta-se que as empresas notaram uma melhoria nos últimos seis meses, com uma menção especial para serviços governamentais e entidades públicas, que demonstram ser melhores pagadores.

Esse encurtamento de prazos também é observado nos quatro principais sectores: tecnologias de informação e comunicação (de 107 para 86 dias), construção (de 105 para 100 dias), distribuição (de 102 para 96 dias) e agroalimentar (de 90 para 86 dias).

 

 

As facturas sem pagamento afectam, principalmente, as microempresas e as PME.

Entretanto, o nível das facturas por pagar continua elevado. 24,6% dos inquiridos relatam não ter recebido cerca de 20% da sua facturação. As microempresas e as PME são particularmente afectadas por este cenário. Mais da metade das microempresas têm problemas de falta de pagamento, que representam mais de 15% do seu volume de negócios, tornando-as extremamente vulneráveis e levando algumas a processos de insolvência.

De salientar que, para 80% das empresas, não são aplicadas multas por atraso de pagamento.

 

 

Um clima misto entre a cautela e o optimismo.

A maior parte dos empresários acredita que os atrasos de pagamento permanecerão estáveis nos próximos seis meses, mas um terço espera atrasos ainda maiores.

 

A evolução do contexto económico Marroquino, como um todo, é vista como problemática, com 48% das empresas inquiridas a acreditarem que irá deteriorar-se. Mas, quando questionadas sobre a sua própria evolução, 58% das empresas acreditam que o seu volume de negócios aumentará e que o fluxo de caixa vai estabilizar. A mesma proporção planeia investimentos nos próximos seis meses.

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