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2017/07/07
Risco País e Estudos Económicos

Mapa Mundial de Risco País e de Risco Sectorial

Mapa Mundial de Risco País e de Risco Sectorial

O segundo trimestre de 2017 assinala o recomeço para a Europa e a Rússia, e, no que se refere a sectores de actividade, para os sectores Automóvel e Agro-alimentar em vários países.

 

De modo a disponibilizar às empresas, uma perspectiva mais completa sobre os Riscos ao nível mundial, a Coface publica trimestralmente as avaliações sobre 23 sectores em 24 países, que representam quase 85% do PIB mundial, para além de 160 avaliações de Risco País.

 

 

A Europa está a recuperar, reflectindo-se positivamente nas avaliações em alguns países  

Os sinais contraditórios da economia dos Estados Unidos (A2, Risco Baixo), em conjunto com a falta de clareza em relação à questão do pacote de estímulos fiscais, podem ser considerados sinais de alerta. Apesar do aumento no PIB durante o 1º Trimestre (uma subida de 0,7% para 1,2%) e da taxa de desemprego se encontrar no nível mais baixo dos últimos dezasseis anos, o consumo das famílias continua hesitante. Para além disso, o crescimento do crédito irá certamente abrandar, como consequência da já aguardada subida das taxas de juro.  

O Sector energético dos Estados Unidos encontra-se em recuperação e a sua avaliação foi melhorado para “risco elevado”. A produção de crude e o crescimento das indústrias de serviços on shore, ligadas às indústrias de produção petrolífera, vão continuar a aumentar, como consequência da flexibilização da regulamentação. 

 

A Zona Euro encontra-se numa conjuntura positiva, a disfrutar de condições de financiamento muito favoráveis de apoio ao investimento e no retomar da confiança das empresas. O número de insolvências encontra-se em redução em quase todos os países – Excepção feita para o Reino Unido (enfraquecido pelo abrandamento no consumo) e para a Bélgica (o quarto maior parceiro de negócios da Zona Euro). Nestes dois países, de acordo com as previsões da Coface, é expectável um aumento nas insolvências de +9% e +5%, respectivamente, em 2017.

A Coface melhorou as avaliações de Espanha (onde o crescimento e o comércio externo estão particularmente dinâmicos) para A2, e de Portugal (que conseguiu sair do procedimento por défice excessivo, imposto pela Comissão Europeia) para A3.

 

Vários sectores seguem esta tendência positiva. O sector Agro-alimentar, a nível regional na Europa Ocidental e em França, está agora classificado como “risco médio”, em resultado do aumento do preço das matérias-primas e das consequências desastrosas das condições climáticas nas colheitas. O sector Metalúrgico na Alemanha foi também classificado como “risco médio”, devido à estabilização dos preços e às dinâmicas positivas nos seus mercados chave. O sector Automóvel em Itália está agora classificado como “risco baixo”.

 

A Europa Central continua a beneficiar de uma melhoria na sua avaliação. Neste trimestre, o sector farmacêutico encontra-se classificado como “risco baixo”, devido ao aumento da procura interna e externa. O sector energético melhorou a sua classificação para “risco médio”, tanto a nível regional como na Polónia, impulsionado pelo elevado grau de rentabilidade das refinarias e a antecipação de um aumento na procura. O sector Metalúrgico encontra-se classificado como “risco médio” a nível regional e na Polónia, graças aos novos investimentos em infra-estruturas e ao ressurgimento do sector automóvel.

 

 

Desempenhos distintos nos países emergentes, incluindo Rússia, China e Índia

 

Observa-se uma ligeira recuperação naRússia, onde a avaliação global do país foi melhorada paraB. O investimento e a produção industrial encontram-se em crescimento e as vendas a retalho travaram a sua queda, em resultado do controlo da inflação (perto dos 4%). As vendas deautomóveisaumentaram (+11% em 2017), permitindo à indústria uma revisão em alta da sua avaliação de “risco muito elevado” para “risco elevado”. O Uzbequistão (actualmente C) foi especialmente beneficiado pela recuperação da actividade na Rússia, bem como pelo financiamento proveniente do Banco Mundial e do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), para além de algum alívio no que respeita às incertezas políticas.

A situação na Ásia emergente é mais incerta. Na China (cuja avaliação foi revista em baixa para B “risco significativo”, em Junho de 2016), os indicadores regressaram ao vermelho. A economia do país encontra-se em abrandamento e o risco de insolvências aumentou, em consequência das condições de crédito mais restritivas. A avaliação do sector Automóvel, em particular, (a nível regional, bem como na China) foi também revista em baixa, para “risco elevado”, devido à imposição drástica de medidas restritivas no que respeita a veículos de combustão interna. Apesar do declínio nas vendas de automóveis, o sector do Retalho está a beneficiar de uma forte procura, tal facto levou a uma melhoria para o nível “risco baixo”. Na Índia, a melhoria na avaliação do sector Agro-alimentar (“risco médio”) é explicado pelo retorno à normalidade das condições climatéricas.  

 

Aumento do Risco no Médio Oriente e em África.

 

O Médio Oriente e África são as regiões onde as avaliações dos países mostraram uma tendência mais acentuada para o declínio desde 2014-15. Isto acontece devido ao aumento das tensões políticas e à queda dos preços do Petróleo e do Gás.
Neste trimestre, a Coface reduziu a avaliação de vários países. O Qatar(actualmente A4) foi alvo de medidas por parte de outros países do Golfo Pérsico e encontra-se em risco de ver a sua situação financeira e crescimento económico deteriorarem. O Bahrain (actualmente C) terá de lidar com um orçamento altamente deficitário e uma dívida excessiva. A previsão deste ano para aNamíbia(actualmente B) é fraca apesar de uma recuperação no sector mineiro. As Ilhas Maurícias (actualmente A4) receberam avaliações baixas nas instituições internacionais de referência no que diz respeito ao ambiente económico.  

 

Os Riscos também se encontram a aumentar, como é evidente pelo deterioramento da avaliação daindústria farmacêutica para “risco médio” nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita, devido aos cortes nas depesas públicas.  

 

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A Avaliação de Risco País da Coface (160 países)é feita numa escala de oito níveis, por ordem ascendente de risco: A1 (risco muito baixo), A2 (risco baixo), A3 (risco bastante aceitável), A4 (risco aceitável), B (risco significativo), C (risco elevado), D (risco muito elevado) e E (risco extremo).

 

A Avaliação de Risco Sectorial da Coface (13 sectores em 6 regiões geográficas, 24 países que representam quase 85% do PIB mundial)é feita numa escala de quatro níveis: risco baixo, risco médio, risco elevado e risco muito elevado.

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