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2020/21/10
Risco País e Estudos Económicos

COVID-19, um catalisador de riscos políticos - Barómetro Coface - Terceiro Trimestre 2020

COVID-19, um catalisador de riscos políticos - Barómetro Coface - Terceiro Trimestre 2020

A atualização anual do Índice de Risco Político da Coface, publicado no Barómetro Coface relativo ao Terceiro Trimestre do ano, destaca uma dupla tendência: por um lado, uma diminuição do risco de conflito a nível global, mas, por outro, um aumento do risco de fragilidade política e social. Esta última é agravada nos países mais expostos à pandemia do coronavírus.

 

 

À semelhança do último trimestre, as incertezas em torno das previsões apresentadas neste barómetro são muito elevadas. Estas incertezas estão principalmente relacionadas com a situação sanitária global: desde junho, a pandemia continuou a ganhar presença. Enquanto aguardam por uma vacina e/ou tratamento, as empresas e as famílias adiaram projetos de despesas e de investimentos, tanto por restrição (durante períodos de confinamento) como por precaução.

 

A Coface prevê uma taxa de crescimento global de -4,8% em 2020, seguida de uma recuperação de 4,4% em 2021. O PIB na zona Euro e nos Estados Unidos manter-se-á 3,5 pontos e 2 pontos abaixo dos níveis de 2019, respetivamente. Pelo menos 3 anos serão necessários para regressar aos níveis de produção pré-crise. Da mesma forma, a recuperação no comércio mundial será apenas parcial: +3,5% previstos pela Coface em 2021, após -13% este ano.

 

Este nível permanentemente baixo de atividade económica, em comparação com os níveis pré-crise, deverá fomentar um aumento da pobreza, da desigualdade de rendimentos e, consequentemente, do descontentamento social.

 

A atualização anual do Índice de Risco Político da Coface, publicado neste Barómetro, mostra até que ponto a pandemia da COVID-19 - para além dos seus impactos humanos e económicos - agrava estes riscos políticos. Para além dos indicadores tradicionais utilizados para medir estes riscos, a Coface acrescentou este ano um índice de exposição pandémica que procura medir, segundo a opinião publica, a forma como as autoridades estão a gerir a crise sanitária. Para além de causar um potencial aumento da agitação social, as queixas relacionadas com a COVID-19 podem também ampliar os movimentos sociais herdados do período pré-COVID, tais como os verificados em Hong Kong, França e Chile, para citar alguns.

 

 

  • Entre as economias maduras, o grau de insatisfação da opinião pública com a gestão da crise sanitária é maior em Espanha, nos Estados Unidos, no Reino Unido e em França.

 

  • No mundo emergente, o Irão e a Turquia estão entre os países com o mais elevado nível de risco social. Vários países latino-americanos (Brasil, México, Peru, Colômbia), bem como a África do Sul, apresentam um elevado risco político e social e uma elevada exposição à crise da COVID-19.

 

Uma cópia completa do Barómetro Coface relativo ao Terceiro Trimestre do ano pode ser encontrada aqui.

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