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2014/14/01
Risco País e Estudos Económicos

A Coface observa mudanças positivas na América do Norte e Ásia. Os riscos estabilizam na Europa.

Panorama Sectorial

 

Os riscos foram classificados como "moderados" no sector de retalho e sector automóvel na América do Norte e no sector de serviços nos países emergentes da Ásia.

 

Na Ásia e na América do Norte, o dinamismo da procura privada continua a beneficiar os riscos sectoriais. De acordo com o indicador* de risco desenvolvido pelos economistas da Coface, enriquecido pela experiência dos seus analistas em comportamento de pagamento das empresas, a melhoria do risco de crédito está concentrada nessas duas regiões.

 

 

  • Na América do Norte, os riscos no sector do retalho e no sector automóvel passaram de "médio" para "moderado" numa tendência positiva do consumo das famílias.

 

A indústria automóveltem assistido a uma retoma das vendas de automóveis novos para níveis pré-crise, impulsionada por requisitos de renovação. Ao mesmo tempo, a liquidez das empresas fabricantes de automóveis aumentou cerca de 19% em relação ao ano passado.

 

No ano anterior, asvendas no retalhono Canadá e nos EUA aumentaram em cerca de 3,9% para os segmentos on-line e tradicional. O volume de negócios, sofreu um aumento de 5% nos finais de Outubro de 2013, reflectindo esse renovado dinamismo.

 

  • Nas economias emergentes da Ásia, a Coface considera o risco de crédito do sector de serviços como "moderado". O volume de negócios e a rentabilidade aumentaram significativamente, em grande parte devido aos serviços corporativos, especialmente em Informática e Engenharia. O surgimento de uma classe média chinesa está a impulsionar o turismo nos países asiáticos, uma tendência que irá beneficiar do aumento do rendimento do consumidor chinês nos próximos anos.

 

Na Europa Ocidental, os riscos, em geral, estão a estabilizar à medida que a zona euro vai saindo de recessão. Contudo, a procura interna no sul da Europa está a afetar os riscos sectoriais e, de momento, nenhum sector apresenta risco de crédito "moderado".

 

Indústria Têxtil Europeia: inovação é a chave do sucesso

 

Debilitada pelos grandes transtornos causados pela globalização e pelo colapso da procura devido à crise financeira, a indústria têxtil e de vestuário apresenta um risco de crédito "médio" nas três regiões em análise. Na Europa, o têxtil é relativamente robusto, mas as vendas no sector do vestuário têm vindo a ser afetadas pela diminuição do consumo. O caso Francês confirma a nova dinâmica do sector têxtil. O número de insolvências neste sector reduziu para quase metade desde 2009, apesar de permanecer próximo do valor máximo histórico para as empresas francesas no seu conjunto. No final de Outubro de 2013, das 62.431 insolvências registadas pela Coface num ano, apenas 83 pertenciam ao sector têxtil.

 

As empresas têxteis europeias permanecem competitivas, apesar dos produtos de baixo custo dos países emergentes, mas a verdadeira chave para o sucesso está na inovação. A luta pela sobrevivência tem forçado muitas empresas a investir em têxteis técnicos, nomeadamente em mercados especializados. Os países escandinavos foram os primeiros a dar o salto na inovação mediante a reestruturação da sua indústria têxtil. A Suécia, por exemplo, tradicionalmente investe mais do que o resto da Europa em R&D, com um gasto equivalente a 3,4% do PIB em comparação com 2,25% em França e cerca de 1,5% em Espanha e Itália, o que capacita os engenheiros para satisfazerem as necessidades reais do sector.

 

Não restam dúvidas de que esta orientação para a inovação está a dar os seus frutos, mas poderá existir estabilidade duradoura num sector que terá que fazer frente à flutuação dos preços das matérias-primas, à necessidade de financiar a inovação e à ameaça da concorrência dos países emergentes que estão a mover-se no mercado de produtos de luxo? Para continuar a apoiar a recuperação no sector têxtil europeu, a indústria necessita de prosseguir com a estratégia que conduziu ao seu ressurgimento. Uma das vantagens fundamentais passa pela capacidade de fornecer uma variedade de mercados, uma vez que os têxteis técnicos podem ser aplicados numa diversidade de áreas, incluindo o desporto, o mobiliário, a medicina, a agricultura e o meio ambiente. Assim, através do desenvolvimento de R&D, a indústria têxtil está a contribuir para um melhor posicionamento noutros sectores, e a tendência positiva para a especialização, nomeadamente na Europa e em França.

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