NOVO ÍNDICE DE RISCO POLÍTICO DA COFACE EM 159 PAÍSES

o aumento generalizado do risco político oculta as diferentes dinâmicas regionais
- O índice foi aumentado desde 2013.
- Destacam-se os grandes riscos: o risco de Segurança (conflitos e terrorismo) e a fragilidade social e política. Enquanto que o primeiro impede directamente as empresas de realizarem as suas actividades, o segundo tem um efeito indirecto, manifestado na confiança.
- O risco de conflitos duplicou entre 2017 e 2015.
- O aumento do isco de terrorismo (multiplicado por 2,8 desde 2008), inidca que estes incidentes estão a internacionalizar-se.
- Variáveis específicas para as economias avançadas têm em conta o aumento do populismo.
- Um índice completo e global para quantificar os riscos políticos no epicentro da actualidade.
- Após a publicação do risco político para a Europa Ocidental (2016) e para os países emergentes (2013), a Coface lança agora um índice global para 159 países, a combinação de dois importantes aspectos – os riscos de segurança (conflitos e terrorismo) e os riscos políticos e sociais – permite uma classificação completa do risco político.
A classificação para o Médio Oriente e o Norte de África é elevado (Afeganistão, Iraque, Líbia, Nigéria: 100%) e um aumento desde 2010 (+22 pontos para o Líbano, 20 para o Egipto). NaÁfrica Subsariana, o risco aumentou desde 2013, devido aos conflitos que desmotivm os investidores: + 36 pontos para a Nigéria, + 28 pontos para a Républica Centro Africana, na qual destacamos que a Costa do Marfim está a melhorar ligeiramente com uma descida de 6 pontos.
O risco dos países da Comunidade de Estados Independentes encontra-se também bastante acima da média. A degradação da classificação da Rússia (+2 pontos) e da Ucrânia (+41 pontos) não é a única razão. Observa-se também um aumento das fragilidades sociais e políticas no Tajaquistão (10 pontos) e no Azerbaijão (8 ponto).
Na América Latina, o nível de risco aumenta em linha com as crescentes fragilidades sociais: +25 para o México e +9 para a Venezuela.
Na Ásia as tendências são muito diferentes, com excepção dos dois gigantes, China (+10 pontos) e Índia (estável), o risco político melhorou gradualmente desde 2010 (Sri Lanka: -60 pontos, Nepal: -25 pontos).
os três componentes do índice confirmam que o risco está a aumentar
- Índice de conflitos
O índice de conflitos basea-se no surgimento de conflitos, a sua intensidade e os tipos de agentes implicados. Os países em estado de guerra lideram este ranking: Afeganistão, Iraque, Sudão, Nigéria e Síria. O México devido à guerra entre os cartéis, assim como a Colômbia, a Argélia e a Índia, também se destacam pelo seu elevado nível de risco.
- Risco de terrorismo
O risco de segurança não pode ser calculado sem ter em conta o indicador de terrorismo, que se tem multiplicado por 2,8 desde 2008 e, com segurança, afecta a confiança das empresas, das famílias e dos investidores estrangeiros. A maioria dos países da OCDE que estão comprometidos na luta contra o chamado Estado Islâmico assistiram a um aumento entre 2011 e 2015: França é o país desenvolvido número 1 neste ranking, com uma classificação de cerca de 77% (+24 pontos). O risco aumentou também nos Estados Unidos (+23 pontos), Austrália (+27 pontos) e Alemanha (+27 pontos).
- Índice de fragilidade política e social
O índice de fragilidade política e social tem em conta, por um lado, a natureza do regime político, a fragmentação étnica e linguística, e a liberdade política e civil; e por outro lado, as pressões e instrumentos de risco social. Novamente, os países onde se vivem conflitos intensos manifestam os níveis de risco mais elevados. Entre 2007 e 2015, este aumento foi especialmente pronunciado nos países da Comunidade dos Estados Independentes e na América Latina.
os países desenvolvidos enfrentam o aumento da onda POPULISTA
No caso dos países desenvolvidos, e tendo em conta o auge do populismo, foram incluídos dados do projecto “Manifesto”, que analisa a proporção de manifestos políticos dedicados a um tema eleitoral (proteccionismo, segurança, ordem pública, valores nacionais, etc). A análise realizada pela Coface demonstra que os países nos quais a pressão do populismo alcançou níveis elevados foram o Reino Unido (73%), a França (70%) com uma proporção significativa de temas relacionados com a ordem pública, seguidos pela Áustria (64%) e a Holanda (63%), onde uma importante parcela está relacionada com a desconfiança face ao multiculturalismo.
INFOGRAFiA: novo índice de risco político em 159 países
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