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2013/28/06
Risco País e Estudos Económicos

Revisão das Avaliações Risco País da Coface

Revisão das Avaliações Risco País da Coface

A Coface observa uma melhoria nalguns países desenvolvidos. O crescimento do Japão beneficia das declarações do primeiro-ministro Abe, que ajuda a impulsionar a economia, pelo menos, a curto prazo. O crescimento estabilizou na Irlanda, um membro da Zona Euro, que emerge gradualmente da sua crise financeira.A actividade começa a ser, finalmente, dinâmica, na Islândia. No entanto, o enfraquecimento da economia, as dificuldades financeiras e, sobretudo, o aumento das tensões políticas e sociais aumentam os riscos na África do Sul e na Tunísia. 

 

Melhorias nos países desenvolvidos: Japão, Islândia, Irlanda 
  • A vigilância negativa foi eliminada da avaliação A1 do Japão. Os estímulos monetários e fiscais anunciados tiveram um impacto tangível sobre o consumo das famílias. A depreciação do iene a partir do final de 2012 também permitiu a revitalização das exportações japonesas, que devem crescer mais de 3% em 2013. A situação do Japão está a melhorar, pelo menos a curto prazo (o PIB deve crescer 1,4% em 2013) e, realmente, o número de insolvências de empresas permanece estável. 
  • Enquanto alguns países lutam para escapar à recessão da Europa Ocidental, existem outros que estão a ter êxito. A Islândia mostra um crescimento muito dinâmico (3,8% no primeiro trimestre de 2013, e uma previsão de 2,3% para todo o ano de 2013), uma diminuição da inflação e estabilização da taxa de desemprego. Este país é reclassificado para A3. 
  • A Irlanda sai lentamente da sua crise bancária. O crescimento é positivo em 2012 e continuará a sê-lo em 2013 (0,9% em ambos os anos). O país tem um confortável excedente da balança corrente e a procura interna está a aumentar gradualmente. O programa de reformas e de austeridade sob a supervisão da "Troika" funciona sem problemas e deve ser concluído, com sucesso, no final de 2013. A confiança dos investidores melhorou e o país pode novamente emitir obrigações nos mercados de capitais internacionais. Neste contexto, a avaliação A4 da Irlanda está sob vigilância positiva.  
     
Os riscos sociopolíticos persistem nos países emergentes: África do Sul e Tunísia, dois países onde a avaliação foi depreciada 
  • Na África do Sul,cuja classificação foi depreciada para A4, o crescimento enfraquece progressivamente e, em 2013, deverá ser inferior a 3%. A dívida das famílias, a inflação e o elevado desemprego restringem o consumo. Para além disso, as empresas perdem em competitividade e sofrem com a recessão da Zona Euro, um dos seus principais parceiros. As tensões sociais permanecem elevadas num contexto de grandes expectativas por parte da população e, por isso, não podem excluir novas greves. 
  • A Tunísia, cuja classificação foi depreciada para B, enfrenta tensões políticas e sociais, o que aumenta o atraso na elaboração da constituição, atrasando o desenvolvimento constitucional e a realização de eleições legislativas e presidenciais, numa sociedade com crescentes divisões sociais. As contas externas e o nível de reservas de divisas , com a diminuição nas receitas de turismo, estão no limite. A execução do novo programa do FMI será um sério desafio para o governo.

 

Países emergentes: uma situação ambígua 
  • Na Europa Central, as classificações da República Checa e da Eslovénia, foram depreciadas paraA4, sofrem particularmente com a diminuição da actividade na zona euro. Na República Checa, o desemprego de longa duração atingiu 37% da população activa. Na Eslovénia, as empresas, altamente endividadas (85% do PIB), enfrentam um aumento das insolvências, consequência de um sistema bancário deficiente e das dívidas incobráveis.
     
  • Contrariamente aos seus vizinhos, a Polónia não conhece a recessão e a sua desaceleração económica é cíclica. A economia deve beneficiar da política monetária expansionista até ao final de 2013, motivo pelo qual se remove a vigilância negativa sobre a sua avaliação A3. 
  • Na América Latina, a boa notícia vem do Equador. A Coface aumenta a sua avaliação para B. O crescimento é forte e estável. A dívida pública diminuiu e está agora a 22% do PIB. A situação política estabilizou e o governo parece ser mais favorável a investidores estrangeiros.   
  • Na Ásia emergente, as Filipinas ultrapassam pela primeira vez a avaliação B sendo classificadas em A4 graças ao seu excelente desempenho macroeconómicos, um crescimento de 7,8% no primeiro trimestre de 2013 (6,5% previsto para o ano 2013), um sólido consumo e excedente da balança corrente, sustentado pelas estáveis e dinâmicas transferências de expatriados, a inflação controlada e a melhoria sustentável das finanças públicas.

 

 

Nota: a Avaliação do Risco País da Coface mede o nível médio de incumprimento de pagamentos apresentado pelas empresas de um determinado país, no âmbito das suas transacções comerciais de curto prazo. Esta classificação não contempla a dívida soberana. Para determinar a Avaliação do Risco País, a Coface combina as perspectivas económicas, financeiras e políticas do país, a experiência de pagamentos da Coface e a avaliação do clima de negócios. 
As avaliações têm uma escala de sete níveis: A1, A2, A3, A4, B, C e D e podem ser colocadas sob vigilância.

 

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