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2014/24/06
Risco País e Estudos Económicos

A Coface observa uma melhoria dos riscos na Europa Ocidental e nas “novas” economias emergentes.

A Coface observa uma melhoria dos riscos na Europa Ocidental e nas “novas” economias emergentes.

Atualização das Avaliações sobre Risco País: A Avaliação de Risco de Espanha foi colocada sob vigilância positiva.
 

O primeiro trimestre de 2014 confirmou a aceleração do crescimento global: segundo as previsões da Coface, após um crescimento de 2,6% em 2013, em 2014 o crescimento deveria estar próximo de 3% e, em 2015, de 3,3%. A Zona Euro (com um crescimento previsto de 1,1% em 2014) está a recuperar lentamente de uma séria recessão. Os Estados Unidos estão a registar um crescimento dinâmico e equilibrado (previsão de 2,7% em 2014), apesar das más condições meteorológicas em Janeiro passado. Por esse motivo, o crescimento parece estar a equilibrar-se: as economias avançadas contribuíram com cerca de um terço para este crescimento (em comparação com apenas um quarto em 2013) e os países emergentes com dois terços.

 

Neste contexto de recuperação confirmada, a Coface melhorou as avaliações de várias economias Europeias e emergentes. 

 

Alemanha, Áustria, Reino Unido e Espanha: melhoria baseada no aumento do investimento 

A recuperação na Europa Ocidental conduziu a uma estabilização dos riscos e, inclusive, a uma melhoria económica.

 

A avaliação B de Espanha está agora sob vigilância positiva. A recuperação do país está a acelerar, com uma previsão de crescimento de 1,2% para 2014 e de 1,7% para 2015. As exportações estão a melhorar, favorecidas pela redução dos custos de mão-de-obra, e são particularmente dinâmicas junto dos países emergentes. Apesar do elevado endividamento do sector privado, foi colocado em marcha um efeito de alavancagem empresarial. Observamos uma clara melhoria na sua situação financeira das empresas: foram restabelecidas as suas margens (45% em 2013) e o fluxo de caixa (acima dos 100%). Os elevados níveis de desemprego e endividamento das famílias representam importantes pontos de vulnerabilidade. No entanto, os sinais de retoma na procura interna, acompanhado pelo inegável rendimento das exportações, constituem um incontestável comportamento positivo.
 

A Alemanha e a Áustria demoraram cinco anos a regressar à melhor avaliação de risco país, A1, ocupando o seu lugar juntamente com os Estados Unidos, o Japão e a Suíça. A Alemanha confirmou o seu papel como motor da Europa, com um crescimento muito equilibrado (estimado em 2% em 2014, após 0,5% em 2013): o consumo, historicamente com um ritmo lento, está a aumentar, e o investimento regressou aos mercados. A confiança dos agentes económicos é, portanto, elevada, impulsionada por uma queda no número (menos 8% ao ano) e no custo (menos 30%) das insolvências. Na Áustria, as empresas estão a beneficiar do baixo custo do crédito e da recuperação da Alemanha, dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, para além de disporem de muita liquidez. Excepto devido à insolvência da Alpine Bau, em 2013, as insolvências no país têm decrescido durante vários meses.
 

A avaliação do Reino Unido foi melhorada para A2. Com um crescimento estimado de 2,7% em 2014, este crescimento pode ser tão dinâmico como o dos Estados Unidos, e pode ser maior que o da Alemanha (2%). A recuperação do consumo está impulsionada por uma quebra no desemprego. A economia britânica é agora mais próspera, com um forte investimento empresarial, que será o motor chave da actividade económica em 2014 e 2015. O Banco de Inglaterra está a tomar medidas para limitar o frenesim sentido no mercado imobiliário nos últimos meses, ao favorecer o acesso das PME ao crédito. Por último, a indústria britânica está a mostrar sinais de renovação, caracterizados por uma importante inovação, demonstrada pelo êxito das exportações das indústrias farmacêutica, automóvel, aeronáutica e de defesa.

 

 

A Letónia é a mais prejudicada pelo ambiente geopolítico na Rússia e na Ucrânia 

A Letónia, que perdeu a vigilância sobre a sua avaliação B, sofre pela sua dependência do abastecimento de gás Russo. As tensões geopolíticas envolvendo a Ucrânia, que podem afectar a confiança dos agentes da Europa Ocidental e a elevada dependência do gás Russo, justificam a retirada da vigilância positiva.

 

 

Quénia, Ruanda, Nigéria e Sri Lanka: um elevado potencial 

O crescimento manter-se-á elevado nas economias emergentes: cerca de 4,4% em 2014 e 4,7% em 2015. Estas economias todavia estão a beneficiar do crescimento da classe média e aproveitam-se das perspectivas de melhora do crescimento das economias avançadas, particularmente mediante as suas exportações. No entanto, o dinamismo das “grandes” economias emergentes ver-se-á limitado pelas restrições da oferta interna e dos riscos políticos e sociais.
 

Pelo contrário, outros países emergentes promissores, não sofrem ou sofrem muito pouco estas debilidades. Apesar de um ambiente empresarial muitas vezes difícil, o potencial de crescimento económico é particularmente elevado para vários países africanos e asiáticos. Esta conclusão leva a Coface a melhorar as avaliações de risco país do Quénia(B), da Nigéria(C) e do Ruanda(C). O Sri Lanka também beneficia de uma elevada taxa de crescimento (estimada pela Coface em 7% em 2014 e em 6,7% em 2015) impulsionado pelo consumo, devido a um forte aumento dos rendimentos e das transferências dos expatriados.
 

O Sri Lanka e o Quénia fazem parte dos 10 países emergentes que a Coface identificou como economias emergentes promissoras. 

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