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2013/14/11
Risco País e Estudos Económicos

Top 500 Empresas da Europa Central e Oriental da Coface

Top 500 Empresas da Europa Central e Oriental da Coface

A Coface, grupo internacional de seguros de crédito, publica o seu quinto estudo anual sobre o Top 500 Maiores Empresas da Europa Central e Oriental – o Top 500 CEE da Coface. Nele identificam-se as 500 maiores empresas da região, pelo seu volume de negócios e, adicionalmente, pela análise de outros factores, tais como, o número de empregados, o enquadramento das empresas, os sectores e os mercados. 

 

 

  • A Polónia ocupa novamente o primeiro lugar, a Hungria e a Roménia a aproximam-se enquanto que a Ucrânia abandonou o Top 3
  • Um maior volume de negócios não resulta num desenvolvimento estável no lucro líquido
  • O petróleo e o gás, a energia e o sector automóvel estão entre os sectores vencedores
  • Região Económica da Europa Central e Oriental: mais heterogénea do que nunca
  • Taxa de Insolvência na região quase triplicou 

Katarzyna Kompowska, Directora da Coface para a Região da Europa Central, comentou: "Mesmo para a parte emergente da Europa, 2012 e 2013 foram anos difíceis. Porém, a análise do Top 500 Maiores Empresas mostra que, mesmo em tempos económicos difíceis,  existe potencial de crescimento. As empresas emblemáticas da Europa Central e Oriental aumentaram o seu volume de negócios em 5% e demonstraram a sua importância, não só para a região, mas também para a Europa e para os seus outros principais parceiros comerciais no exterior. " 

 

Empresas Top: o volume de negócios aumentou 5%, enquanto que o lucro caiu quase um terço 

Apesar da crise económica, o Top das 500 melhores empresas da região aumentou o seu volume de negócios em 5%, para mais de 628 biliões de euros em 2012. No entanto, esse desempenho não resultou num desenvolvimento estável do lucro líquido. Considerando que, em 2011, as principais empresas da Europa Central e Oriental melhoraram os seus lucros, diminuíram aproximadamente 32%, de 30 mil milhões de euros para 20 mil milhões de euros em 2012. 

O número de empregados do Top 500 da Europa Central e Oriental está a desenvolver-se positivamente, os números de pessoal subiram ligeiramente em cerca de 1,5% em relação ao ano passado. Mas o quadro é bastante heterogéneo, o aumento das taxas de desemprego na maioria das vezes anda de mãos dadas com as elevadas taxas de isenção nas maiores empresas, como demonstra o estudo efectuado. 

 

Top dos 3 países: Polónia, Hungria e Roménia 

A maioria das principais empresas da região da Europa Central e Oriental são provenientes da Polónia, que conta com mais de um terço das maiores empresas na área (171 empresas, 34,2%). Desta forma, o país poderia estender a sua liderança (2011: 31,8% das principais empresas). As principais empresas Polacas poderiam gerar um volume de negócios de 234 mil biliões de euros, o que representa um aumento de cerca de 6% em relação ao ano passado. Apesar de apresentarem uma perda de 30%, as empresas Polacas também ficam no topo em termos de lucro líquido (2012: 8,460 milhões de euros; 2011: 12,014 milhões de euros). O país apresentou - após o maior crescimento de PIB na UE em 2011 - uma forte desaceleração em 2012, ao passo que as insolvências atingiram níveis recordes. 

A Hungria é o país com o segundo maior número de empresas (66, 13,2%) entre o Top 500 da região da Europa Central e Oriental. A Hungria ficou classificada em terceiro lugar em 2011 - embora o desempenho da economia Húngara (PIB) tenha descido 1,7%, o volume de negócios das principais empresas subiu ligeiramente para 240 biliões de euros (2,2%). Uma monitorização cuidadosa do país é recomendada, à medida que os lucros líquidos estão a diminuir de ano para ano (-27,5%). 

Pela primeira vez, a Roménia colocou a Ucrânia para fora do pódio e catapultou-se do quinto para o terceiro lugar. Isto pode ser explicado devido ao aumento de 22,7% das empresas e um total de 54 empresas no ranking. Apesar do maior número de empresas no Top 500, o volume de negócios foi fraco, deixando a Roménia no quinto lugar no ranking do volume de negócios (48.559 milhões de euros, +10,8%). Também ocupa o quinto lugar no que respeita ao lucro líquido (37,7%). 

A Ucrânia, que ficou em segundo lugar em 2011, perdeu a sua posição, uma vez que as empresas tiveram um mau desempenho e 28 foram excluídas do Top 500. 

 

Os vencedores e vencidos por sector 

O sector do petróleo e do gás contribui, uma vez mais, para a maioria das empresas do Top 500 da Europa Central e Oriental, segundo o ranking da Coface. 65 Empresas geraram um volume de negócios de um total de 162 biliões de euros (6%). Especialmente neste sector, 2012 foi um ano difícil, o lucro líquido global diminuiu em cerca de -34,6%. 

Em segundo lugar - e muito atrás – está classificado o sector de fornecedores de energia. 51 Empresas não atingiram sequer um volume de negócios com metade da dimensão do sector de petróleo e gás (76 mil milhões de euros). A taxa média de crescimento do sector é bastante promissora (+11%), mas as empresas do sector reagiram à reduzida procura de energia, devido à recessão, dispensando pessoal (-12,9%) e sofrendo uma queda acentuada no lucro. 

O sector automóvel conseguiu entrar este ano para o Top 3, das classificações por sector - 42 empresas ganharam quase 63 mil milhões de euros em volume de negócios, nas quais as maiores acções são provenientes da República Checa e da Eslováquia (apenas mencionando a Skoda Auto SS, a Volkswagen Eslováquia, e a KIA Motors ). Além disso, alguns dos melhores desempenhos deste estudo podem ser contabilizados para este sector, como é o caso da Mercedes-Benz Manufacturing Hungria ou a Ford Roménia. Embora o lucro líquido tenha diminuído em quase 33%, as empresas do sector empregaram um adicional de 6.500 pessoas. 

Os maiores aumentos no volume de negócios foram registados pelas empresas de distribuição de veículos automóveis, pela indústria alimentar e de calçado. No ranking do Top 500, vários sectores apresentaram tendências descendentes: a construção, a electrónica, a  indústria de metal, o minério e as telecomunicações. A construção foi tradicionalmente mais afectada pela crise económica, as sete empresas do sector, que são representadas neste estudo, tiveram um declínio no volume de negócios (-9%) e no número de funcionários (-8% em 2012), bem como, o maior número de insolvências na região provêm principalmente do sector da construção. 

 

Europa Central e Oriental: A economia continua a lutar, a região está mais heterogénea do que nunca 

Em todos os países da Europa Central e Oriental observa-se um desenvolvimento hesitante, com um crescimento médio anual de 1,2% em comparação com 5% nos mercados emergentes. Desde  2011, a taxa de insolvência quase que triplicou, para 2013 é esperado um novo aumento. 

Mas analisando de perto, é óbvio que os países da Europa Central e Oriental estão mais homogéneos do que nunca. Considerando que alguns ainda lutam contra a recessão e a negativa taxa de crescimento do PIB, outros relatam um estável crescimento económico. O PIB per capita varia entre um pouco abaixo de 3.000 euros na Ucrânia para mais de 17.000 na Eslovénia. Alguns países – tais como a República Checa - foram bastante afectados pela recessão da zona euro, outros, tal como a Estónia, apresentam uma taxa de crescimento considerável. As taxas de insolvência cresceram dramaticamente na Bulgária e na Croácia, enquanto que a Estónia e a Letónia mostram desenvolvimentos reais positivos. 

Katarzyna Kompowska concluiu: "especialmente na situação actual, com todos estes desenvolvimentos diferentes heterogéneos, é muito importante observar bem de perto os vários mercados. Iremos continuar a acompanhar os desenvolvimentos na Europa emergente. Como uma região forte e promissora para o progresso económico na Europa, é essencial acompanhar as oportunidades de negócios existentes. "  

 

Sobre a metodologia:

O ranking do "Top 500 das maiores empresas da Europa Central e Oriental" inclui os seguintes países: Bulgária, Estónia, Croácia, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia,  República Checa, Ucrânia e Hungria. Foram identificadas as maiores empresas da região (volume de negócios de ≥ 120 milhões de euros), excluíndo os prestadores de serviços financeiros, tais como, bancos, companhias de seguros, empresas de leasing e correctores. Além das receitas, o ranking da Coface do Top 500 das maiores empresas da Europa Central e Oriental inclui outros indicadores sociais importantes, como por exemplo, o lucro líquido e o número de empregados. O volume de negócios e os lucros foram convertidos em euros com base na taxa de câmbio no final de 2012. Os dados foram obtidos a partir de bases de dados, enriquecidas com informação externa, conforme necessário. As empresas convidadas a participar na pesquisa e recusaram, não estão incluídas no ranking final.

Contacto


Para mais informações:

Cláudia MOUSINHO
Tel. (+351) 211 545 408
Mail claudia.mousinho@coface.com 

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