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2021/22/11
Risco País e Estudos Económicos

Coface anuncia melhoria da Avaliação de Risco País de Portugal para A2

Coface anuncia melhoria da Avaliação de Risco País de Portugal para A2

Mais de 18 meses após o início da recessão global desencadeada pela pandemia da COVID-19, a recuperação económica continua. Em grande medida, esta tendência deve-se ao avanço do processo de vacinação durante o Verão, particularmente na Europa Ocidental e na América do Norte, que ajudou a evitar uma nova onda de restrições de mobilidade e alimenta o otimismo quanto à possibilidade de evitar os confinamentos do ano passado. Em consonância com esta recuperação contínua, a Coface melhorou as avaliações de risco de 26 países, incluindo a Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal, invertendo os cortes decididos no início da pandemia.

 

Na União Europeia, quase 70% da população adulta tinha recebido pelo menos uma dose da vacina até meados de outubro, alcançando os países que lideravam as respetivas campanhas de vacinação no início do ano (Estados Unidos, Reino Unido, Israel, etc.). Os países mais avançados a nível mundial e na Europa são Portugal e Espanha (ambos viram a avaliação da Coface melhorada para A2), com uma taxa de vacinação próxima dos 90%.

Nas economias avançadas, a política fiscal continuará a apoiar a retoma da atividade. Na Europa Ocidental, o fundo de recuperação da UE, com o seu envelope de 750 mil milhões de euros, será desembolsado gradualmente. Embora, com os seus enormes investimentos, possa agravar o problema da oferta, uma vez que intensificará a concorrência pela escassez de matéria prima. O fundo de recuperação é crucial para apoiar as perspetivas de crescimento de Portugal que é, em percentagem do PIB, um dos maiores beneficiários do mesmo "Next Generation EU", com subsídios diretos de cerca de 6% do PIB.

Enquanto as perturbações da cadeia de abastecimento e a inflação estão a abrandar a dinâmica da recuperação e a retoma no sector do turismo é mais lenta, espera-se que as perspetivas económicas continuem a melhorar gradualmente nos próximos trimestres com o regresso progressivo dos turistas europeus.

Bruno de Moura Fernandes, Economista do Departamento de Investigação Económica da Coface, salienta: "Em termos sectoriais, a hotelaria, a restauração e o turismo têm sido os sectores mais duramente atingidos e estão a ter mais dificuldades em recuperar para os níveis pré-crise. Portugal está atrás da Europa na recuperação porque o turismo é um dos principais motores económicos do país; contudo, o elevado nível de vacinação (liderando a Europa com quase 90% da população alvo vacinada), irá reforçar a ideia de que Portugal é um país seguro para viajar.

Globalmente, tanto na Europa como em Portugal, as perspetivas são positivas para 2022, mas não devemos esquecer que existem riscos reais para a economia, tais como ruturas da cadeia de abastecimento ou aumento das taxas de juro, caso a inflação seja duradoura".

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