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2018/16/07
Risco País e Estudos Económicos

Riscos País e Sectorial no mundo: Sinais de risco aumentam no 2º trimestre

Riscos País e Sectorial no mundo: Sinais de risco aumentam no 2º trimestre
  • Uma sensação dedéjà-vuentre os contextos económicos de 2018 e de 2012-2013.
  • A redução da Avaliação de Risco País da Itália para A4, tem sido o foco de toda atenção.
  • O aumento dos preços do petróleo está a beneficiar o sector da energia em vários países, no entanto, combinado com as saídas de capital, é prejudicial às economias da Argentina, Turquia, Sri Lanka e Índia.
  • A Construção e o Retalho são os primeiros sectores a serem afectados pelo risco cambial, nos países emergentes.
  • A intensificação das políticas proteccionistas está alarmar as empresas.

 

A maioria das Avaliações pioraram este trimestre

 

O elevado número de sinais de risco no Segundo Trimestre de 2018, lembra-nos a situação nos anos 2012-2013: o aumento dosspreadssoberanos na zona euro, o aumento do proteccionismo, o aumento dos preços do petróleo, as saídas de capital dos principais países emergentes e  o comércio mundial em recessão. Mesmo que a extensão do impacto não seja a mesma, tendo em conta o preço muito inferior do barril de petróleo (75 USD no início de Junho de 2018, comparado com 110 USD em 2012), e a rentabilidade da dívida pública italiana a 10 anos tenha descido para menos de metade, estes sinais confirmam que o pico do crescimento mundial já passou. O risco de crédito das empresas está a aumentar nas economias avançadas onde, após um início de ano marcado por uma perda de confiança associada ao aumento de proteccionismo, observa-se um abrandamento no crescimento (previsões de 2,2% para 2018 e 2% para 2019 nas economias avançadas; previsões de 2,1% para 2018 e 1,8% em 2019 para a Zona Euro). Deste modo, a Coface diminuiu a avaliação de Itália para A4, onde as empresas que estão particularmente endividadas e mais vulneráveis a um potencial agravamento das condições de crédito bancário. Os Estados Unidos destacam-se como a excepção, poupados desta fase de desaceleração (previsão de crescimento de 2,7% em 2018, após 2,3% em 2017).

 

Embora a recente subida dos preços da gasolina esteja a beneficiar os exportadores emergentes, como é o caso deOmã, que vê a sua avaliação melhorar paraB, e a Malásia (A3), os países importadores enfrentam a deterioração da sua balança comercial e a redução do interesse por parte dos investidores internacionais nos seus activos financeiros, situação similar à observada em 2013. Estes países incluem aArgentina (agora C),a Turquia (C), oSri Lanka (C)e aÍndia (B), a Coface reduziu a sua avaliação face a uma procura interna mais dinâmica que favorece as importações e às tensões políticas internas. Noutras  economias emergentes, o risco cambial está a enfraquecer os sectores onde o processo de produção requer a importação de matérias-primas, enquanto os pontos de venda são essencialmente no mercado interno.O risco dos sectores da construção na Argentina (aumentou para “elevado”) e do retalho na Argentina e na Turquia (“risco muito elevado”),estão já afectados.

 

A situação do petróleo, favorável ao desenvolvimento dosector energético(cuja produção é fortemente retomada), levou a Coface a rever a sua previsão do preço do petróleo entre 70-75 USD para 2018, correspondendo a um aumento de 30% em relação à média do preço em 2017. Em cinco países, a avaliação deste sector foi melhorada:Estados Unidos ("risco baixo"), Canadá ("risco médio"), Emirados Árabes Unidos ("risco médio"), Arábia Saudita ("risco médio") e França ("risco médio").

 
A Guerra comercial está afectar o sector das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) na China e a indústria metalúrgica no Canadá

 

As premissas da guerra comercial anunciadas no início do ano, foram confirmadas. A política de proteccionismo dos EUA foi intensificada, atingindo as exportações chinesas, incluindo muitos produtos de TIC “made in China 2025”, o que explica o aumento do risco dosector das TIC chinês para “risco elevado”.

 

Entre os países recentemente preocupados com a entrada em vigor das medidas proteccionistas dos EUA, que abrangem o aço e o alumínio, o Canadá será o mais afectado, com o aumento do riscodo sector metalúrgico Canadiano para “risco muito elevado” (87% das suas exportações de aço são para os EUA). Osector metalúrgicoestá a desenvolver-se favoravelmente nosEUA, levando a Coface a actualizar a sua avaliação para"risco médio".

 

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A Avaliação de Risco País da Coface (160 países) é feita numa escala de oito níveis, por ordem ascendente de risco: A1 (risco muito baixo), A2 (risco baixo), A3 (risco bastante aceitável), A4 (risco aceitável), B (risco significativo), C (risco elevado), D (risco muito elevado) e E (risco extremo). 

A Avaliação de Risco Sectorial da Coface (13 sectores em 6 regiões geográficas, 24 países que representam quase 85% do PIB mundial) é feita numa escala de quatro níveis: risco baixo, risco médio, risco elevado e risco muito elevado.

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