Panorama França - 3T 2015
Frágil, mas confirmado. Esta é a melhor forma de expressar o crescimento francês actual – conforme demonstram os resultados para o terceiro trimestre, publicados no início de Novembro. Ainda que modesto, o consumo doméstico aumentou devido ao aumento do poder de compra, como resultado da inflação quase a zero e apesar da taxa de desemprego continuar a aumentar. O investimento empresarial também aumentou, mas a um ritmo bastante mais lento que a maioria dos seus países vizinhos e a um ao historicamente verificado no decorrer na recuperação económica. A ajuda externa e as medidas governamentais que contribuem para a redução do preço do petróleo e o crédito do imposto a favor da Competitividade e o Emprego (CICE), está a ajudar a restaurar margens empresariais.
A evolução das situações de falência das empresas demonstra que começam a beneficiar dos efeitos desta fraca recuperação. As insolvências têm diminuído nos últimos dois anos consecutivos, independentemente das dimensões da empresa. Contudo, várias áreas empresariais permanecem ensombradas, onde o número de insolvências aumenta diariamente, principalmente nas regiões nas regiões Centro e Auvérnia, permanecendo estável na Ilha de França.
A análise sectorial da Coface evidencia a persistência destes riscos. Enquanto a maioria do sectores tem um nível de risco similar comparativamente com a média europeia, os transportes e a construção são os que têm um risco mais elevado. Apesar da queda dos preços do petróleo, o sector transportador da França está classificado como de alto risco, um nível acima das suas congéneres europeias.
A construção mantém-se como o calcanhar de Aquiles na economia francesa. Muito embora as vendas imobiliárias tenham aumentado em 2015, é fundamental manter cautela, na medida em que os preços foram ligeiramente ajustados desde 2008, encaminhando-se a uma nova queda em 2016. Por fim, os segmentos sofrem com o desinvestimento dos agentes públicos e disparidades entre regiões permanecem fortes: as insolvências na Ilha de França permanecem destacadas a vermelho.
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Situation macroeconomica
Insolvências nas empresas
Risco sectorial
Focus na construção