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2017/19/01
Publicações Económicas

Frequentes atrasos de pagamento entre as Empresas Polacas

Frequentes atrasos de pagamento entre as Empresas Polacas
Estudo sobre o comportamento de pagamentos das empresas na Polónia aponta para uma frequência da prática.

 

O primeiro estudo realizado pela Coface sobre as experiências de pagamento nas empresas da Polónia foi realizado durante um período de abrandamento económico no país. Esta conjuntura deveu-se a uma nova orientação do orçamento da EU e da relutância por parte das empresas em investir em activos fixos durante 2016. Em comparação com 2015, a Coface estima que o crescimento do PIB, que se fixou por volta dos 2,7%, foi inferior em 1,2 pontos percentuais em 2016. O estudo de pagamentos efectuado espelha a actual situação económica e o ambiente empresarial.

Esta análise cobre um largo espectro de empresas de diferentes sectores e dimensões. As vendas a crédito são utilizadas de um modo frequente, com a maioria das empresas a oferecerem períodos relativamente curtos de pagamento, normalmente até um mês. No entanto, a maioria das empresas enfrentam longos atrasos, muitas vezes com incertezas no que toca aos pagamentos. Estes incumprimentos de pagamento a logo prazo acabam por reduzir as margens de lucro e, de acordo com os resultados deste estudo, quase uma em cada cinco empresas foram obrigadas a assumir perdas de pelo menos 5% nos seus lucros anuais devido a estas situações de incumprimento. Como consequência, as empresas estão cada vez mais a desenvolver estratégias de gestão de risco, com muitas delas a criar equipas específicas para o assunto, recorrendo ao uso de serviços externos de gestão de crédito e monitorizando de forma constante os pagamentos.
 

O estudo da Coface mostra que os atrasos experienciados pelas empresas Polacas encontram-se em média nos 51,5 dias. Este atraso é cerca de 10 dias mais longo do que os experienciados pelas suas congéneres Alemãs (De acordo com outro recente estudo realizado pela Coface sobre o mercado Alemão). A média Polaca é a combinação da experiência muito diversificada dos seus sectores. O sector do retalho é o que melhor se comporta com atrasos de apenas 19,3 dias. Por outro lado, o sector dos transportes é o que sofre de atrasos mais acentuados com um atraso de 112,9 dias, mais do que o dobro da média.  O sector da construção também enfrenta algumas dificuldades com a média hipotética dos atrasos por volta dos 84 dias, não obstante, os generosos prazos de crédito que oferece. Neste momento, os incumprimentos a longo prazo já fazem parte dos balanços de muitas empresas e espera-se que esta situação se torne ainda mais acentuada nos próximos meses. Este cenário de atraso de pagamentos vai corroborar a percepção da Coface, no que toca à análise de riscos para o sector, que já tinha sido agravada para “risco muito elevado” em Novembro de 2016.

 

Em contraste com este cenário, nove dos 12 sectores analisados antecipam um decréscimo nos incumprimentos nos próximos meses. Tal deve-se a uma melhoria gradual na economia Polaca, da qual se espera o retorno a um crescimento diversificado e equilibrado, especialmente durante a segunda metade de 2017. Espera-se que esta melhoria se materialize num crescimento do PIB de 3,1% no final do ano. Os atrasos de pagamento deverão tornar-se um fardo mais leve para as empresas Polacas, no entanto, os incumprimentos devem continuar a ser uma ocorrência comum.           

 

 

Descarregue a publicação:

 

  • Amostra diversificada do inquérito realizado junto a um largo espectro de empresas de várias dimensões e sectores
  • As empresas estão confortáveis com as perspectivas de procura
  • As vendas a crédito continuam a ser muito utilizadas
  • Os atrasos de pagamento são comuns entre as empresas da Polónia. 
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