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2014/06/05
Risco País e Estudos Económicos

Novo paradigma para a indústria electrónica na Ásia: dinamismo evidente, riscos aumentados

Novo paradigma para a indústria electrónica na Ásia: dinamismo evidente, riscos aumentados
Inovação: motor de crescimento, gerador de risco

Tendo ultrapassado a fase de Rede de Produção Global para Rede de Inovação Global (que inclui o desenvolvimento de produtos e actividades de pesquisa para além das fronteiras geográficas), a indústria electrónica, deverá agora experienciar um crescimento anual de mais de 3% até 2017. Com a Ásia emergente, o novo epicentro da inovação electrónica, as empresas locais contam agora com a internalização da produção e da pesquisa.

Contudo, o dinamismo do sector enfrenta novos riscos, que são confirmados pelo aumento gradual de facturas vencidas na região, constadas pela Coface. Em 2013, perto de 3 em cada 4 empresas no sector electrónico e IT na Ásia-Pacífico, experienciaram pagamentos vencidos, principalmente no sub-sector de componentes electrónicos e na distribuição de bens de consumo electrónico.
 

Três grandes riscos ameaçam o sector electrónico na Ásia
  • Risco nº 1 : A crescente lacuna na capacidade de investimento em Investigação e Desenvolvimento entre empresas de tamanho médio e empresas em grande escala.
    A inovação está situada em cada extremo do mercado, com fabricantes de semicondutores a oferecerem produtos cada vez mais complexos, e os gigantes a criar novas ofertas (tais como a Google com o Android). O domínio destas empresas de grande escala, cujo o mercado continua a crescer, tem resultado em rendimentos mais baixos e margens mais baixas para empresas de tamanho mais modesto. Este impacto é prejudicial para os fabricantes de semicondutores, no centro da inovação, que tem que investir na Investigação e no Desenvolvimento face à rápida mudança.

 

  • Risco nº2 : O aumento dos riscos na China continental
    A China continental produz mais de um terço da electrónica global. Todavia, as empresas chinesas no sector são particularmente afectadas por esta pressão nos custos e margens, que o estudo da Coface sobre o comportamento de pagamento, confirma. Parece que na electrónica chinesa, o número de dias vencidos está a aumentar: em 2013, 44% dos pagamentos atrasados excedeu os 60 dias (comparado com os 25% em 2012). Além disso, nos pagamentos vencidos da electrónica, excedendo os 150 dias atingem o dobro do observado para a média de todos os sectores. Esta deterioração deve-se sobretudo ao problema do fluxo de caixa  e ao abrandamento económico na China. Empresas de montagem estão sob elevado risco.            
                          
  • Risco nº 3 :A competição da China continental está a afectar os intervenientes asiáticos, particularmente Hong Kong e Taiwan
    A economia de Hong Kong e Twainesa, que estão dependentes da China, estão muito vulneráveis ao abrandamento na sua principal saída comercial. Em Hong Kong, esta dependência é aumentada pelo facto de que toda a indústria em Hong Kong está agora terceirizada à China; isto é especialmente verdade no sector electrónico e de IT. Quanto a Twain, as empresas electrónicas são maiores do que as suas homólogas em Hong Kong e estão um pouco mais acima na cadeia de produção. Eles são muitos dependentes do nível de actvidade dos seus compradores, eles próprios gravemente afectados pelo ritmo da procura interna (China) e externa (Estados Unidos, Europa, e progressivamente a Ásia).
     
Apesar do aumento de risco, existem indicadores de crescimento

Para emergir desta má reputação, a industria electrónica asiática tem de reinventar-se. Tem inúmeras competências. A ênfase na inovação face ao crescente aumento da obsolescência do produto, a capacidade das médias empresas para se adaptarem às constantes exigências dos consumidores e para fecharem a existente lacuna em relação aos grupos de larga escala, prepara-os para ficar na linha da frente.

 

A médio-prazo, o crescimento do sector será guiado por, entre outros, pela electrónica embarcada (automóvel e aeroespacial), electrónica para o sector médico, e ir de encontro às exigências da população envelhecida nos países desenvolvidos. O governo chinês está também a preparar-se para tomar medidas para promover o investimento a longo-prazo e a cooperação entre a China e os países estrangeiros.

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