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2015/05/05
Risco País e Estudos Económicos

Duas avaliações sectoriais actualizadas devido ao impacto dos baixos preços do petróleo

Duas avaliações sectoriais actualizadas devido ao impacto dos baixos preços do petróleo

A recente queda dos preços do petróleo teve repercussões para o risco de crédito das empresas em todo o mundo. Entre os 14 sectores analisados, a Coface identificou um grande vencedor e um grande derrotado, com as avaliações correspondentes revistas em alta e em baixa.

 

 

Derrotado: o sector da energia Norte-Americano foi afectado pelo desequilíbrio no fornecimento e na procura

 

Após a clara melhoria no risco sectorial na América do Norte no final de 2014 (3 sectores reclassificados de “baixo risco”: Têxtil e Vestuário, Transportes e Químicos), a Coface respondeu à queda dos preços do petróleo reclassificando o sector da Energia para “risco médio".

 

A produção de petróleo de xisto e de petróleo bruto continua a aumentar, enquanto os preços reduziram para metade desde o verão de 2014, reflectindo o excedente da oferta sobre a procura. As instalações de armazenamento em Cushing, a maior dos Estados Unidos, alcançaram o nível de saturação de 77% de capacidade no final de Março de 2015. Com os custos de extracção de petróleo não convencional ainda elevados (entre US $50 e US $70 por barril, em média), o investimento está a diminuir, atingindo os empresários da indústria petrolífera.Demissões e fusões/aquisições estão agora a decorrer dentro da indústria, com o objectivo de oferecer sinergias e redução de custos.

 

“A América do Norte foi seriamente atingida pela queda dos preços do petróleo que está a enfraquecer a viabilidade de vários projectos de investimento no petróleo de xisto. Enquanto o aumento do risco não é uniforme, variando consoante a localização em que se encontra, acima ou abaixo no sector, a situação tem um impacto sobre todos os seus componentes, já que o preço do petróleo bruto determina as margens para os produtores e utilizadores. Assim, as “principais empresas” assistem à diminuição de rentabilidade, o que por sua vez afecta as suas relações com as empresas subcontratadas que, posteriormente, sofrem com os cortes nos investimentos por parte destas “grandes empresas” devido à quebra na rentabilidade dos investimentos.”

 

Vencedor: Indústria Química Europeia recupera a competitividade

 

Se existe um sector que tem verdadeiramente beneficiado com o declínio nos preços do petróleo, é o sector Químico na Europa. Os preços mais baixos têm ajudado a reduzir a lacuna de competitividade com a indústria dos EUA (avaliada como sendo de “baixo risco”) e a restaurar as margens de lucro. A desvalorização do euro, que favorece a exportação Química Europeia, também tem dado um contributo positivo. Em França o desempenho do sector melhorou significativamente, com um aumento de +1.9% nas vendas em 2014 nos mercados de exportação e interno.

 

Tendo em conta estes indicadores positivos, a Coface actualizou a indústria química Europeia para “risco médio”.

 

Outros sectores estão também a beneficiar desta tendência actual, contudo não estão sujeitos a revisão. É o caso específico dos transportes marítimos, visto que os custos de produção diminuem. Qualquer actualização na sua avaliação seria prematura, no entanto, com o contínuo abrandamento económico na China, a procura tem diminuído. Outro sector que irá potencialmente beneficiar é a indústria automóvel Europeia, uma vez que continua a recuperar – uma recuperação simbolizada pelo aumento sucessivo de registos de veículos novos ao longo de vários meses.

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