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2016/07/12
Risco País e Estudos Económicos

Avaliações de risco sectorial revistas em 6 regiões do mundo

Avaliações de risco sectorial revistas em 6 regiões do mundo

Risco sectorial global com um equilíbrio precário

  • As tendências globais do risco sectorial são heterogéneas
  • Na América do Norte, quatro sectores viram o seu risco agravado: o retalho, os têxteis/vestuário, os transportes e o papel/madeira
  • Na Europa Ocidental, um sector sofreu agravamento: o agro-alimentar
  • Dois sectores alvo de agravamento de risco na Europa Central: a construção e as Tecnologias da Informação, registando-se um desagravamento no sector dos (transportes)
  • Agravamento de risco no Médio Oriente: as Tecnologias da Informação e Comunicação
2016: cerca de um terço dos sectores foram alvo de agravamento de risco

 

No final de 2016, as tendências globais de risco sectorial continuavam heterogéneas, incluindo as regiões que até agora foram relativamente poupadas pelo aumento do risco. Ao longo do ano, transversalmente nos 12 sectores avaliados em seis regiões do mundo, quase metade assistiu a mudanças nas suas avaliações. Registaram-se 23 agravamentos para 10 desagravamentos.

 

 

É provável que esta tendência continue em 2017. O crescimento global continua fraco (estimado em 2,6%). Os preços ainda baixos das mercadorias estão a afectar a rentabilidade de muitos sectores. O aumento do risco político, provocado pelas incertezas ligadas à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, aoBrexite aos diversos eventos políticos a acontecer na Europa, poderá levar as empresas nos países desenvolvidos a adiarem as suas decisões de investimento.

No 4º trimestre, a América do Norte tornou-se a região mais sensível a nível sectorial

 

 

Este trimestre, a América do Norte é a região mais sensível pelo aumento de riscos. Após uma redução nas insolvências das empresas em 2014 (-16%) e 2015 (-12%), espera-se uma estabilização em 2016, com um leve aumento de +1% em 2017. Os sectores que dependem do consumo das famílias irão ser os mais atingidos pelo abrandamento no crescimento. Em final de Julho de 2016, a taxa de crescimento das vendas a retalho tinha já sofrido uma redução de um ponto. O segundo aumento nas principais taxas de empréstimo desde a crise financeira de 2008, que se espera ocorra no presente mês de Dezembro, irá aumentar o custo dos empréstimos e afectar os hábitos de consumo nos agregados familiares mais pobres.

  • Esta situação levou a Coface a rever as suas avaliações de risco nos sectores do retalho e têxtil/vestuário para “risco elevado”.

     

  • Apesar do sector dos transportes na América do Norteestar a beneficiar do baixo preço do petróleo e dos efeitos da reestruturação iniciada há 10 anos atrás, as suas perspectivas, particularmente em relação ao tráfego aéreo, são pessimistas devido a uma quebra no consumo. Este sector está agora avaliado como sendo de “risco médio”.
  • O sector dopapel/madeirasofreu com a tendência descendente do mercado da construção nos Estados Unidos: entre Janeiro de 2016 e Setembro de 2016, o fraco crescimento do sector levou a uma queda abrupta de + 12,5% para apenas 2,3%. O risco no sector é portanto “elevado”.

 

Um aumento do risco de crédito na Europa

 

Os riscos de crédito estão a aumentar na Europa, apesar de uma ligeira queda do número de insolvências.

NaEuropa Ocidental, o sector agro alimentar desceu um nível para “risco elevado”. Os produtores europeus de cereais, particularmente em França e na Alemanha, foram afectados simultaneamente pelos preços e pelo volume de produção: uma baixa produção sem precedentes num ambiente de preços baixos em todo o mundo.

 

A Europa Central regista descidas em dois sectores (construção e TIC) e um sector revisto em alta (transportes).
  • A situação no sector daconstrução,desceu para “risco elevado” e está pior devido ao congelamento dos projectos de infra-estruturas  na Polónia, que se pode tornar no primeiro país Europeu a ser penalizado pelo incumprimento para com as regulamentações Europeias, em relação ao deficit público.
  • O sector das TIC, que desceu para “risco médio”, foi prejudicado (tal como no resto do mundo) pelo consumo moderado, particularmente devido ao abrandamento das vendas globais de smartphones. O risco de crédito está a aumentar devido à pressão dos preços e, consequentemente, às margens de lucro das empresas.
  • O sector do transporte, o único a ser melhorado (para “risco médio”) beneficia da tendência no consumo na região e do crescimento satisfatório da Zona Euro. O sector apenas sofre na Polónia, devido à sua exposição ao Reino Unido.

 

Mais uma desvalorização no Médio Oriente: O sector das TIC é robusto mas arriscado

 

No Médio Oriente, os riscos em 3/4 dos sectores são considerados como “elevados” ou “muito elevados” . O mais recente sector  desclassificado para “risco muito elevado” foi o das TIC, no qual as margens de lucro foram afectadas pela recessão dos mercados, inicialmente relacionado com a queda das receitas do petróleo. Para além disso, as re-exportações para o Irão tendem a diminuir, devido ao levantamento das sanções. Por fim, a existência de um mercado negro, difícil de controlar, também contribuiu para a queda de lucros no mercado 

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