Notícias e Publicações
2013/18/06
Risco País e Estudos Económicos

A vulnerabilidade das empresas francesas continua a ser preocupante

A vulnerabilidade das empresas francesas continua a ser  preocupante
As insolvências das empresas francesas continuam a ser elevadas, muito próximo do nível máximo observado em 2009.  

Apesar da estabilização (-0,1%) no número de insolvências no período compreendido entre Maio de 2012 e Abril de 2013, a vulnerabilidade das empresas francesas continua preocupante. A estabilização observada pode ser apenas temporária. As empresas estão afectadas pela recessão em curso, e confirmada no primeiro trimestre de 2013. A Coface prevê uma diminuição anual do PIB em França, na ordem de -0,4%.
 

O número de incumprimentos mantém-se num nível elevado (59.630 processos), próximo do máximo alcançado em 2009 (63.204 processos). As PMEs, principalmente as de maior dimensão, são as mais afectadas, com um aumento de +3,7%, enquanto que o número de insolvências das microempresas diminui cerca de -8,7%. Desta forma, o contexto económico tende a ameaçar as empresas que conseguiram resistir à crise de 2008-2009.
 

Este efeito relacionado com a dimensão, é corroborado pelo aumento dos custos financeiros e sociais associados às insolvências. O custo das insolvências para os fornecedores continua a aumentar (+2,7%), e já alcançou 4.300 mil milhões de euros. Recorde-se que em 2009 os custos de insolvência foram de 4.700 mil milhões de euros. Este valor representa 0,25% do PIB contra os 0,21% em Abril de 2013. Em termos de emprego, o número de funcionários ameaçados pelas insolvências ascende aos 191.183 (213.665 em 2009).
 

Apesar da conjuntura económica ser menos degradada do que em 2009 (a recessão era nessa altura de -3,1%), o impacto sobre as empresas, em termos de insolvências, é de magnitude comparável. Muito afectadas por uma crise excepcionalmente prolongada, as empresas francesas estão, agora, menos aptas a resistir a uma recessão económica, mesmo que de ampliação limitada.  

 

Construção civil, sector automóvel e serviços: uma fragilidade crónica  

A Coface considera dois terços dos sectores de actividade como sectores de risco. A situação no sector da construção representa, por si só, um terço do número de insolvências, e o sector automóvel é caracterizado pelo aumento contínuo do número de incumprimentos (respectivamente +2,4% e +4%) e dos seus custos (+6, 2% e +16%). Devido à redução dos benefícios fiscais associados aos serviços ao domicílio, o sector dos serviços a particulares aumentou +4,4%. Os sectores da distribuição e agro-alimentar assistem ao aumento dos incumprimentos devido ao aumento dos custos (+56,4% e +130%).

Transferir este comunicado de imprensa : A vulnerabilidade das empresas francesas continua a ser preocupante (205,03 kB)

Contacto


Para mais informações:

Cláudia MOUSINHO
Tel. (+351) 211 545 408
Mail claudia.mousinho@coface.com 

Início